O Anacleto

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segunda-feira, setembro 27, 2004

Outra aritmética eleitoral é possível...


Alguns Anacletos derrotistas apressaram-se a considerar que o resultado obtido pelo Dr. João Soares tinha constituído uma derrota para as justas aspirações dos Anacletos.

Tal não corresponde à realidade: Os 3.9% obtidos pelo Dr. João Soares (a.k.a Soares, jr., a. k.a. Soares II), são um resultado verdadeiramente anaclético. Lembrem-se que os nossos 2.8% nos permitem liderar a oposição e a cobertura jornalística.

O resultado em si não deveria ser motivo de preocupação ou discussão.

As questões que de facto deveriam estar a concentrar as nossas atenções são as seguintes: como fazer a revolução pela via eleitoral (Cf. nº3.3 do Programa do PSR)? Que aperfeiçoamentos deverão ser introduzidos nos mecanismos eleitorais burgueses para garantir uma maioria absoluta progressista ?

O Anacleto lança para a discussão as seguintes ideias:

  1. Limitar o direito de voto daqueles que não constituem a "parte mais avançada dos trabalhadores, da intelectualidade, dos pequenos proprietários dos meios rurais e urbanos, da juventude estudantil".

    Esta foi um medida já implementada em Portugal no tempo da I República...com excelentes resultados.

  2. Majorar os votos dos eleitores progressistas. Seria um sistema semelhante ao que existe nos clubes de futebol. Quanto mais progressista fosse o eleitor, mais votos teria (p.ex. Otelo 10.655, Paulo Portas 0,0001).

  3. Criar um colégio eleitoral, à Americana, mas em que todos os ‘Grandes Eleitores’ fossem obrigatoriamente membros dos partidos progressistas.

  4. Seguir o exemplo do Saddam e declarar o resultado sem necessidade de contar os votos.

  5. Uma forma mais mitigada da solução anterior seria copiar o método seguido pelo Anacleto Hugo Chaves: garantir que o sistema informático de fiscalização dos resultados só fiscalizasse os círculos eleitorais que dessem mais jeito...Sim, porque os Anacletos não são infoexcluídos

  6. Outra solução de natureza informática seria utilizar o sistema desenvolvido pela COMPTA para o Ministério da Educação. A contagem de votos por via informática seria repetida tantas vezes quantas as necessárias para garantir o resultado correcto.

  7. Por último, poder-se-ia obrigar a que a contagem dos resultados fosse sempre efectuada pelos camaradas que efectuarem a contagem nas últimas eleições autárquicas em Lisboa.
Alguém que lembra de mais soluções anacléticas ?